Na tarde da última quinta-feira, 26 de outubro, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Sergipe (SINTTRA) realizou uma manifestação em frente à Câmara Municipal de Aracaju (CMA) em busca de respostas dos vereadores em relação ao pedido de realização de uma audiência pública para discutir o projeto de regulamentação do serviço de transporte complementar urbano, ou possivelmente uma mudança de nomenclatura.
O presidente do SINTTRA, Miguel Belarmino, teve a oportunidade de conversar com vereadores do lado de fora da CMA e foi convidado para participar do Grande Expediente. Na Tribuna, Belarmino expressou a preocupação dos rodoviários em relação ao projeto de emenda à Lei Orgânica, que, segundo ele, poderia permitir serviços de transporte clandestino na Zona de Expansão e Sul da capital, ameaçando os empregos dos rodoviários.
Por outro lado, o presidente da Câmara, Ricardo Vasconcelos, demonstrou solidariedade com a situação dos trabalhadores do transporte público, mas discordou do argumento de que a regulamentação do transporte complementar causaria desemprego. Segundo Vasconcelos, a regulamentação visa apenas legalizar a situação daqueles que já estão atuando no sistema, sem criar vagas para novos operadores.
Ricardo Vasconcelos também afirmou que a CMA planeja realizar uma Audiência Pública com todas as partes interessadas antes de colocar o projeto de emenda à Lei Orgânica novamente em votação. Ele ressaltou a importância de discutir amplamente a questão e encontrar uma forma de garantir um transporte público de qualidade, preservando empregos e dignidade aos trabalhadores.
Miguel Belarmino enfatizou a gravidade da situação devido à demissão em massa de colaboradores nos últimos três anos e ao atraso constante de salários. Além disso, a presença do transporte clandestino agrava a situação, reduzindo o número de passageiros e, por consequência, de empregos na área.
O vereador Pastor Diego, autor do Projeto de Lei, também expressou a necessidade de resolver os problemas enfrentados pelo transporte coletivo, incluindo questões como licitação e subsídio. Ele reforçou a intenção de regulamentar o transporte complementar de forma a alinhar as legislações e permitir que o prefeito tome decisões adequadas.
A discussão sobre a regulamentação do transporte complementar permanece em pauta, com a CMA buscando encontrar soluções que atendam aos interesses dos trabalhadores e da população.