Nesta segunda-feira, 6 de novembro, uma controvérsia surgiu em Sergipe, um estado do nordeste do Brasil, quando o governo estadual decidiu hastear a bandeira de Israel em frente ao Palácio dos Despachos, como uma demonstração de apoio ao Estado de Israel em meio ao crescente conflito no Oriente Médio. A ação provocou uma forte reação da deputada estadual Linda Brasil, do partido Psol, que condenou a decisão do governo, alegando insensibilidade ao sofrimento do povo palestino.
O conflito no Oriente Médio já deixou mais de 11 mil mortos, com quase 10 mil vítimas palestinas, conforme relatado. A deputada Linda Brasil usou suas redes sociais para expressar sua desaprovação, enfatizando que a ação do governo de Sergipe ao hastear a bandeira de Israel é problemática, pois demonstra apoio a Israel em meio a um conflito que é amplamente condenado por muitos países e organizações em todo o mundo.
A deputada destacou que o que está ocorrendo na Palestina é resultado direto do sionismo, que ela classifica como uma prática racista e genocida de controle populacional. Ela argumenta que a ação do Estado de Israel resulta em um extermínio do povo palestino e que a violência israelense tem atingido civis, escolas, hospitais, ambulâncias, campos de refugiados e instalações humanitárias da ONU, desrespeitando o Direito Internacional Humanitário.
Linda Brasil também criticou a postura do governo de Sergipe, afirmando que ela diverge da adotada pelo Estado Brasileiro, que defende um completo cessar-fogo e o respeito irrestrito ao povo palestino, com o reconhecimento do direito de existir da Palestina como uma base mínima para a resolução do conflito a longo prazo.
Ela enfatizou a necessidade de lembrar as milhares de vidas inocentes perdidas ao longo da história desse conflito e chamou o governo de Sergipe a se solidarizar com todas as vítimas e familiares, tanto palestinos quanto israelenses.
Por fim, a deputada repudiou atos terroristas, como os atentados do grupo Hamas, bem como as declarações recentes do governo de Benjamin Netanyahu, que, segundo ela, defendem a política de eliminação do povo palestino.