Uma onda de repúdio tomou conta da classe política em Sergipe em resposta a uma matéria publicada ontem, 5, véspera do Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres. Sob o título “EXCLUSIVA: Tem bebê a bordo numa secretária de pasta estratégica do governo de Fábio Mitidieri”, o texto foi duramente criticado por ser considerado machista, misógino e preconceituoso contra a secretária de Fazenda, Sarah Tarsila.

Diversas lideranças políticas se manifestaram contra a publicação, destacando a gravidade da situação e repudiando o teor discriminatório do texto. A secretária de políticas para mulheres, Danielle Garcia (Podemos), foi uma das primeiras a se pronunciar, condenando a exposição da secretária Sarah Tarsila em um momento tão importante de sua vida. “Num momento de mudança de paradigmas, definitivamente, não é isso que precisamos! Venho aqui repudiar este texto e me solidarizar com a colega secretária ofendida”, disse Garcia.

O deputado estadual Paulo Junior (PV) ressaltou a seriedade do assunto, destacando que a violência carregada de machismo descredibiliza não apenas a atividade jornalística, mas também a luta constante das mulheres por espaços na sociedade. O senador Rogério Carvalho (PT) reforçou a necessidade de combater o machismo, afirmando que o respeito à autonomia feminina contribui para um mundo igualitário e inclusivo.

A deputada federal Katarina Feitoza (PSD) e a deputada estadual Carminha Paiva (Republicanos) também se manifestaram, repudiando a situação e solidarizando-se com Sarah Tarsila. Feitoza destacou a importância de continuar combatendo o preconceito contra mulheres grávidas e lutar por uma sociedade justa para todos. Carminha Paiva afirmou que falas machistas como essa expressam o quanto ainda é preciso evoluir enquanto sociedade.

A primeira-dama e secretária de assistência social, Érica Mitidieri, não ficou indiferente à situação, destacando que questionar a capacidade de uma mulher à frente de sua função por conta da maternidade é uma violência, especialmente em um contexto onde as mulheres lutam para avançar em suas carreiras.

Nas redes sociais, jornalistas também se uniram ao repúdio, caracterizando o texto como um ato de misoginia e criticando veementemente o autor da matéria, que é radialista, conforme esclareceu o Sindijor.

O repúdio generalizado ocorre em um momento significativo, pois o 6 de dezembro marca o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres, uma data instituída no Brasil com o objetivo de conscientizar, envolver e mobilizar os homens para colaborarem com o fim da discriminação e da violência contra as mulheres. A matéria em questão ressalta a importância contínua dessa conscientização e destaca a urgência de combater atitudes discriminatórias que perpetuam desigualdades de gênero.

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Felipe Pimentel, jornalista alagoano formado pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), se destaca por sua dedicação à comunicação e sua versatilidade no campo jornalístico. Com uma paixão inabalável pelo mundo das notícias e uma busca constante pela verdade em todos os campos da sociedade.

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