Na manhã desta quinta-feira (7), o prefeito Weldo Mariano (PT) de Canindé de São Francisco revogou o decreto que suspendia as atividades não essenciais no município. A medida, que inicialmente buscava ajustar as contas públicas, gerou repercussão e foi alvo de debate no Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE), que avaliava a legalidade do recesso proposto.

A decisão de suspender as atividades não essenciais, que estava programada para ocorrer do dia 8 de dezembro até 8 de janeiro, chamou a atenção do TCE. O procurador-geral do Ministério Público de Contas do TCE, João Augusto Bandeira de Mello, afirmou que nunca havia visto uma medida similar.

A revogação do decreto foi confirmada pela assessoria de comunicação da prefeitura, mas até o momento não foram divulgados detalhes sobre os motivos que levaram o prefeito a tomar essa decisão.

Histórico de Decisões Controversas do Prefeito:

Este não é o primeiro episódio controverso na gestão de Weldo Mariano. Em fevereiro deste ano, o prefeito foi afastado de suas funções por determinação judicial, após denúncias do Ministério Público relacionadas a atos de improbidade administrativa nas áreas da educação, assistência social e saúde. Após autorização judicial, ele retornou ao cargo em março.

Ao longo do ano, o prefeito já havia solicitado afastamentos por motivos pessoais, retornando rapidamente e tomando decisões polêmicas, como a exoneração de todos os servidores comissionados em um determinado momento.

O histórico de idas e vindas, pedidos de afastamento e retornos à gestão têm gerado instabilidade na administração municipal e chamado a atenção da população e de órgãos de controle.

A revogação do decreto que suspendia atividades não essenciais adiciona mais um capítulo à trajetória conturbada do prefeito Weldo Mariano em Canindé de São Francisco. O debate no TCE sobre a legalidade da medida e as implicações para as finanças públicas do município ainda podem trazer desdobramentos nos próximos dias.

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