Trabalhadores originários de Maranhão, Piauí, Ceará e Bahia, deslocados para trabalhar no corte de cana-de-açúcar em Sergipe, enfrentam condições desumanas, revelou uma operação conjunta envolvendo Auditores-Fiscais do Trabalho, Ministério Público do Trabalho em Sergipe (MPT-SE) e Polícia Rodoviária Federal.

Ao chegar à Usina Taquari, no município de Neópolis, os trabalhadores se depararam com alojamentos precários, atraso nos salários e outras irregularidades. Insatisfeitos, 30 trabalhadores decidiram retornar para casa, enfrentando dificuldades para obter suas verbas rescisórias.

Durante a operação, os fiscais encontraram alojamentos em situações preocupantes, com banheiros sem portas e papel higiênico, problemas nas instalações elétricas e botijões de gás sem válvula. A comida oferecida também gerou reclamações, com desconto de R$ 330,00 mensais pelos trabalhadores, mas condições inadequadas de preparo e distribuição.

A situação resultou na interdição da central de gás devido a válvulas ineficientes, além da identificação de trabalhadores sem carteira assinada. A operação continuará nas frentes de trabalho da Usina Taquari para abordar e corrigir as irregularidades.

Esta não é a primeira vez que a Usina Taquari enfrenta denúncias desse tipo. Em dezembro de 2023, a mesma empresa terceirizada esteve envolvida em uma situação semelhante, destacando a recorrência do problema na safra de cana-de-açúcar em Sergipe.

Os trabalhadores, após depoimentos e fiscalização, estão programados para ter suas rescisões revisadas na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Aracaju. A operação destaca a importância de coibir práticas abusivas e garantir condições dignas aos trabalhadores na indústria canavieira.

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