O cenário político em Aracaju para as eleições de 2024 está marcado por desafios e riscos para o governador Fábio Mitidieri (PSD), que enfrenta a possibilidade de fragmentação em seu próprio partido e a ameaça de um acordão político que pode prejudicar a coesão do grupo governista.
Com o surgimento de nomes do PSD, como o de Katarina Feitoza, para as eleições municipais, Fábio Mitidieri deixou pública sua posição de continuar apoiando Luiz Roberto (PDT), indicado por Edvaldo Nogueira (PDT), mesmo se o PSD lançar um candidato próprio. Esta postura suscita questionamentos, considerando que se trata de sua própria sigla, evidenciando um clima de falta de unidade.
O acordão político, que visava estabelecer Danielle Garcia (Podemos) como vice na chapa de Luiz Roberto para atrair parte do eleitorado de Emília Corrêa (PRD), está ameaçado pela falta de coesão no partido de Mitidieri. O governador busca replicar a estratégia de 2020, quando Katarina foi lançada como vice de Edvaldo, derrotando Danielle, que na época concorreu à prefeitura como oposição.
Com uma chapa forte de Danielle e Luiz, os governistas buscavam formar um subgrupo robusto, contando com apoio de André Moura (UB), Belivaldo Chagas (PSD) e possivelmente do PSDB. No entanto, as chances de uma aliança com o PSDB parecem remotas. O objetivo do grupo governista é chegar ao segundo turno, mas a perspectiva de um cenário favorável para candidatos de direita e esquerda ameaça essas chances.
Edvaldo Nogueira, com uma gestão bem avaliada pela população, enfrentará a concorrência de Luiz Roberto, visto como gestor semelhante a Nogueira. A estratégia de Fábio Mitidieri em enfraquecer o prefeito pode representar um risco para o grupo governista, que precisa superar desafios internos para consolidar sua presença nas eleições municipais de 2024.