Deputados federais acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta segunda-feira com pedidos de prisão preventiva contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. O jonal amerciano The New York Times mostrou que Bolsonaro passou dois dias na Embaixada da Hungria, em Brasília, após ter seu passaporte apreendido durante a Operação Véritas, que apurava uma tentativa de golpe de Estado.
O deputado Lindbergh Farias (PT-DF) pediu à PGR que “avalie os fatos com a gravidade que lhe é inerente” e proponha ao STF medidas “consideradas pertinentes”, como a decretação da prisão preventiva. O deputado aponta que seria importante para evitar “qualquer tentativa de sabotar ou inviabilizar a persecução penal do Estado brasileiro”.
A estadia na Embaixada sugere que o ex-presidente estava tentando alavancar a sua amizade com um colega líder de extrema direita, o primeiro ministro Viktor Orban, numa tentativa de escapar ao sistema de justiça brasileiro, enquanto enfrenta investigações criminais no Brasil”, diz o parlamentar no pedido.
Já a deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP) pediu ao STF a decretação da prisão preventiva do ex-presidente por descumprimento de medidas cautelares.
“Ocorre que, conforme amplamente noticiado, após esta operação pela Polícia Federal, o Indiciado refugiou-se na Embaixada da Hungria1 por dois dias, buscando refúgio político para evitar possível prisão pelos atos cometidos”, pontuou a parlamentar.
A deputada que “no caso de descumprimento de medida cautelar é cabível a decretação da prisão preventiva”
O caso será investigado pela Polícia Federal para esclarecer as circunstâncias em que Bolsonaro permaneceu hospedado na representação diplomática entre os dias 12 e 14 de fevereiro. Os investigadores querem verificar se houve tentativa de fuga.