A Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) está dando início hoje, 26, à votação de um Projeto de Lei que autoriza o Governo do Estado a contrair um empréstimo de US$ 120 milhões junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird). Esta medida tem gerado críticas e preocupações por parte da população sergipana, especialmente devido ao histórico recente de endividamento do estado.
Segundo informações da Secretaria Estadual da Fazenda, o objetivo deste novo empréstimo é quitar dívidas anteriores do Executivo sergipano com o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco Regional de Brasília (BRB). A gestão argumenta que essa operação de crédito possibilitará a reestruturação da dívida do Estado, resultando em uma economia estimada de R$ 100 milhões ao longo dos próximos 20 anos.
No entanto, é importante ressaltar que no ano passado, o governo Mitidieri já havia contraído dois empréstimos no valor de R$ 300 milhões cada, destinados a obras em Aracaju e ao fomento da cultura, totalizando uma dívida de R$ 600 milhões. Com o novo empréstimo proposto, que equivale a R$ 597.235.560, a gestão estadual alcança um montante de R$ 1.197.235.560 em dívidas provenientes de empréstimos somente desde o ano passado.
Essa sequência de empréstimos tem gerado críticas nas redes sociais, onde a população expressa sua indignação e preocupação com a capacidade de endividamento do estado. Um internauta questionou o motivo de mais um empréstimo, levantando a possibilidade de sua utilização para eventos festivos em detrimento das necessidades reais do estado. Outro usuário destacou que se o estado realmente dispõe de recursos, não seria necessário recorrer a empréstimos, e expressou a preocupação com a carga de impostos que recai sobre a população para pagar essas dívidas.
Diante desses questionamentos e críticas, a votação do Projeto de Lei que autoriza o novo empréstimo será acompanhada de perto pela sociedade sergipana, que espera transparência e responsabilidade na gestão dos recursos públicos. A capacidade de endividamento do estado e os impactos financeiros a longo prazo serão temas centrais no debate em torno dessa medida.