No cenário político de Aracaju, observa-se uma estratégia utópica por parte dos governistas para posicionar dois nomes do grupo no segundo turno da corrida pela prefeitura, o que parece ser uma tentativa desesperada de evitar uma derrota iminente. No entanto, essa tática parece estar fadada ao fracasso, especialmente considerando a rejeição massacrante enfrentada por André Moura (UB), um dos nomes em questão, além dos desafios representados por Emília Corrêa (PL) e Candisse Carvalho (PT).
Neste jogo político, o governador Fábio Mitidieri (PSD) parece estar apostando todas as fichas no pré-candidato de Edvaldo Nogueira (PDT), Luiz Roberto (PDT), enquanto simultaneamente apoia o projeto de André Moura, que conta com a pré-candidatura de sua filha, Yandra (UB), e a possível adesão do ex-governador Belivaldo Chagas (PSD) ao Podemos.
Por outro lado, Edvaldo Nogueira está empenhado em eleger Luiz Roberto, buscando consolidar ainda mais sua influência política após quatro mandatos à frente da prefeitura. Sua intenção clara é fortalecer sua posição para uma possível candidatura ao Senado por Sergipe, o que torna compreensível seu desejo de minimizar a ascensão de Yandra como pré-candidata, já que isso poderia comprometer seus próprios planos.
No entanto, essa fragmentação de interesses individuais dentro do grupo governista apenas enfraquece sua posição e torna inviável qualquer tipo de acordo coletivo para uma candidatura única. Essa falta de coesão coloca os governistas em uma situação de vulnerabilidade política, o que pode resultar em mais uma derrota eleitoral, repetindo o ocorrido em 2022.
Naquele ano, apesar da união do grupo, Fábio Mitidieri acabou em terceiro lugar, atrás de Valmir de Francisquinho (PL) e Rogério Carvalho (PT). E tudo indica que a história está prestes a se repetir, desta vez com o destaque das figuras de Candisse Carvalho (PT) e Emília Corrêa (PL), emergindo como as principais forças políticas da esquerda e da direita, respectivamente.
Essa divisão interna e a falta de visão estratégica por parte dos governistas parecem estar condenando-os a uma repetição de erros do passado, enquanto outras forças políticas ganham espaço e influência. A falta de unidade e a priorização de interesses pessoais sobre o bem comum são fatores que podem custar caro para o grupo governista nas próximas eleições municipais.