O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) tomou uma decisão nesta quarta-feira que repercutiu nas redes sociais e na esfera política: deletou uma imagem polêmica que continha a frase “bandido bom é bandido morto” ao lado de uma representação de soldados romanos ao pé da cruz, onde Jesus Cristo era crucificado. A publicação foi feita na 6ª Feira Santa e gerou críticas de parlamentares bolsonaristas na semana passada.
Em nota oficial, o MTST explicou que a decisão de deletar a postagem dos perfis oficiais nas redes sociais foi tomada pela coordenação do movimento, considerando-a “inapropriada”. O grupo ressaltou o respeito às religiões cristãs e afirmou o compromisso com a liberdade de manifestação religiosa. Além disso, o MTST repudiou as lideranças bolsonaristas que tentaram fazer uso político da situação.
A imagem compartilhada na sexta-feira anterior à Páscoa foi alvo de críticas de diversos parlamentares, incluindo a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o senador Ciro Nogueira (PP) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Zambelli condenou a publicação, afirmando que o MTST “vilipendia a fé Cristã” ao utilizar a foto. Por sua vez, Nogueira criticou o uso da imagem de Jesus para fazer comparações e reprovou as abordagens violentas. O senador também mencionou o deputado federal do PSOL, Guilherme Boulos, filiado ao MTST e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, em suas críticas.
Valdemar Costa Neto também se manifestou, escrevendo que a liderança do MTST “usa o movimento para pregar Intolerância religiosa no dia mais triste para toda nação cristã”.
A decisão do MTST de remover a postagem polêmica demonstra uma sensibilidade do movimento diante das críticas recebidas e reafirma seu compromisso com o respeito às crenças religiosas e à liberdade de expressão.