Estudantes da rede estadual criticam o Governo do Estado pelos atrasos recorrentes no pagamento das bolsas de monitoria. Embora o pagamento referente ao mês de junho tenha sido feito na terça-feira, 16, eles exigem um calendário fixo, como os dos programas Bolsa Família e Pé de Meia.
“Ficamos sem saber quando vamos receber. Já recebemos no dia 5, no dia 10, mas nunca temos uma data certa”, disse um estudante à Realce. Ele mencionou que há ameaças de represálias se os atrasos forem denunciados.
O tema foi discutido na Assembleia Legislativa, onde o deputado estadual Paulo Júnior (PV) cobrou do governo um calendário fixo. “Esses alunos precisam de regularidade no recebimento da bolsa”, afirmou o parlamentar.
O Programa de Monitoria Estudantil, conhecido como ‘Estudante Monitor’, conta com 5.751 alunos na capital e no interior, que recebem R$ 439 mensais, sendo R$ 250 da bolsa e R$ 189 de auxílio transporte.
A Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc) informou que os pagamentos são feitos até o dia 10 de cada mês, podendo ser antecipados. A Seduc justificou o atraso de junho por inconsistências nos dados pessoais dos alunos, mas não comentou sobre a criação de um calendário fixo.