Nesta segunda-feira, o ministro Márcio Macêdo iniciou sua agenda oficial na Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque, destacando as políticas públicas e propostas do Brasil para avançar nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Durante o Segmento Ministerial, Macêdo ressaltou a necessidade de um planeta mais justo e sustentável, detalhando as iniciativas brasileiras que contribuem para esses objetivos globais.
Macêdo agradeceu à vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, pelo convite ao Brasil para participar da reunião, reafirmando o compromisso do país em combater desigualdades e fome. Ele enfatizou que, sem recursos adequados, os ODS não serão alcançados, sublinhando os desafios globais causados pela crescente lacuna de financiamento para os países em desenvolvimento. “Não haverá futuro enquanto continuarmos ampliando o fosso entre ricos e pobres. Não haverá futuro enquanto as pessoas passarem fome”, afirmou Macêdo.
O ministro destacou que várias das propostas discutidas na reunião já estão sendo implementadas no Brasil e no G20, presidido pelo país este ano. Entre os esforços mencionados estão a reforma do sistema financeiro internacional, a redistribuição de direitos especiais de saque do FMI para países em desenvolvimento e a defesa de um imposto global de 2% sobre os super-ricos, que poderia alimentar mais de 340 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar.
Macêdo também apresentou a criação da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, uma proposta brasileira que visa combater a pobreza extrema globalmente. Ele lembrou que, sob a liderança do presidente Lula, o Brasil retomou seu compromisso com os ODS após um período de ausência. “Depois de seis anos de ausência do Brasil nos organismos internacionais de ODS, nós voltamos. O Brasil voltou sob a liderança do presidente Lula”, declarou Macêdo.
O ministro compartilhou um resumo do relatório voluntário do Brasil sobre os ODS, comparando as políticas públicas do governo Lula com os 18 ODS, incluindo o objetivo adicional de combate ao racismo e promoção da igualdade racial. Ele destacou que, em um ano e meio de governo, o Brasil retirou 24 milhões de pessoas da fome por meio de programas como o Bolsa Família e o aumento do salário mínimo.
Encerrando seu discurso, Macêdo enfatizou a importância da participação da sociedade civil no debate sobre políticas públicas. Ele anunciou a realização da Cúpula Social do G20, que ocorrerá em novembro no Rio de Janeiro, com a participação de grupos de engajamento e discussões autogestionadas pela sociedade civil. Essas contribuições serão apresentadas aos chefes de Estado na cúpula do G20, assegurando que as políticas públicas reflitam as necessidades e aspirações da população.