O estado de Sergipe testemunhou recentemente um marco significativo com a inauguração do Gasoduto de Conexão do Terminal de GNL e Complexo Termelétrico da Eneva à rede da Transportadora de Associada de Gás – TAG. Este projeto, que se destaca como o primeiro terminal privado do Brasil a conectar-se à rede da Petrobras, sinaliza um progresso substancial na abertura e expansão do mercado de gás natural do país.
De acordo com o senador Alessandro Vieira (MDB/SE), Sergipe desempenha um papel crucial na transformação da matriz energética global. Vieira acredita firmemente no potencial econômico do gás natural para o estado nas próximas duas a três décadas. “A inauguração desse gasoduto viabiliza o acesso de uma importante fonte de suprimento à demanda nacional. O gás natural levará Sergipe a um avanço muito mais rápido e mais consistente”, afirma o senador.
A construção do gasoduto envolveu um investimento de R$ 340 milhões e foi responsável pela criação de mais de 500 empregos, com 70% das vagas preenchidas por trabalhadores sergipanos. Além dos empregos diretos, a obra impulsionou a economia local através do aluguel de equipamentos, contratação de serviços especializados e aquisição de insumos para a manutenção dos canteiros e da construção.
O Governo de Sergipe contribuiu significativamente para o projeto, concedendo incentivos fiscais aprovados pelo Conselho de Desenvolvimento Industrial de Sergipe (CDI) para a aquisição dos tubos fabricados. Esse apoio reduziu os custos dos materiais e, por consequência, o valor total do investimento, resultando em tarifas de transporte mais competitivas e atraindo operações para o terminal de GNL da Eneva.
Com 25 km de extensão, o gasoduto atravessa os municípios de Rosário do Catete, Santo Amaro das Brotas e Barra dos Coqueiros, e possui uma capacidade de transporte de 14 milhões de m³/dia de gás. O Terminal FRSU Nanook tem uma capacidade de regaseificação de 21 MM m³/dia, enquanto a Usina Termelétrica Porto de Sergipe I (UTE) consome 6 MM m³/dia quando em operação. A capacidade de transporte do gasoduto será fundamental para a entrada do GNL importado, atendendo à crescente demanda da região Nordeste.
Esse projeto de interligação faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sublinhando a importância estratégica da infraestrutura energética no desenvolvimento econômico regional.