O recente conflito entre Israel e o grupo extremista islâmico armado Hamas, que entrou em seu terceiro dia nesta segunda-feira, tem gerado preocupação para famílias de sergipanos que estão em excursões no país do Oriente Médio. Indianara Moura, filha de Nadir Moura, sergipana que viajou com um grupo de evangélicos para Israel, compartilhou a aflição de sua mãe após os ataques do Hamas, que bombardeou o país no último sábado (7).
“No primeiro dia foi desesperador por causa do toque das sirenes e alarmes, toque de recolher até chegar uma segunda ordem para sair. Ela ligou aos prantos. Ela está muito aflita porque cuida de três irmãos especiais. Na minha família estamos todos preocupados, orando e falando com ela para ela se tranquilizar”, disse Indianara.
A mãe de Indianara planejou essa viagem com mais de seis meses de antecedência, visando vivenciar, pela segunda vez, a experiência da Festa dos Tabernáculos, que faz menção ao tempo em que o povo judeu morou em cabanas durante o exílio no Egito. Além de fortalecer a fé, orar e experimentar as vivências bíblicas, a viagem também tinha um componente de celebração, pois coincidia com o aniversário da mãe, que completou 53 anos.
A excursão teve início no dia 27 de setembro, e o retorno estava programado para esta quarta-feira (11). No entanto, a situação no país levanta dúvidas sobre a viagem de retorno, conforme explicou Indianara: “O voo está confirmado, mas elas só vão saber de fato se vão retornar quando forem ao aeroporto. Até lá, ela e as amigas continuam reclusas no hotel.”
Outro sergipano, o engenheiro civil Rodrigo Oliveira, que mora em Aracaju, está em Tel Aviv, em Israel, com sua esposa e três amigos. O grupo está há cinco meses fazendo uma ‘volta ao mundo’. Na quarta-feira, eles haviam saído da Turquia e estavam hospedados em Israel em um apartamento alugado, quando foram acordados pelas explosões. Rodrigo compartilhou que muitas pessoas tentam deixar o país ao mesmo tempo, em busca de segurança.
O conflito, que já dura três dias, tem causado a morte de um grande número de pessoas, com um balanço mais recente indicando pelo menos 1.200 mortes, sendo 700 em Israel, 493 na Faixa de Gaza e 7 na Cisjordânia. O conflito está gerando preocupação em comunidades ao redor do mundo, enquanto líderes internacionais buscam soluções para cessar as hostilidades e promover a paz na região.