Em uma entrevista exclusiva ao Jornal da Fan, da rádio Fan FM, a jornalista Candisse Carvalho, cujo nome tem sido ventilado como possível candidata à Prefeitura de Aracaju, abordou a proposição de conflitos internos dentro do Partido dos Trabalhadores (PT). Candisse revelou sua visão tranquila em relação aos debates e à diversidade de esferas existentes na agremiação.
“Eu encaro tudo com tranquilidade, eu tô no partido efetivamente desde 2017, não filiada, eu comecei trabalhando para o Partido dos Trabalhadores, e desde o primeiro momento entendi a dinâmica petista, os posicionamentos diversos. É um partido extremamente democrático, plural e que as pessoas se entendem nas discussões, nos debates. A magia do PT, que as pessoas sempre usam isso em época de eleição e de disputa eleitoral, é de que ‘Ah, o PT sempre briga, o PT sempre está em conflito’. Não. O PT é o maior partido da América Latina, o PT tem uma amplitude de pessoas dentro do partido que precisam de respeito”, afirmou Candisse.
Questionada sobre a possibilidade de sua possível candidatura ao Executivo municipal não ser reconhecida por grandes nomes da sigla, como o ministro Márcio Macêdo e a secretária Eliane Aquino, Candisse demonstrou compreensão.
“O ministro Márcio e a secretária Eliane, se eles não estavam tendo conhecimento, é compreensível, afinal de contas, eles estão exercendo um trabalho lá em Brasília, e como eu estive no MDS, eu sempre entendi porque o trabalho lá é constante, é pesado. Então, eu vejo com naturalidade, enquanto as pessoas criam uma animosidade, eu digo que está tudo bem. Eu não tenho problema nenhum, eu vou seguir e tenho certeza que eles vão tomar conhecimento se ainda não sabem, vão conversar, vão pros debates dentro do partido e a vida vai seguir”, disse ela.
Durante a entrevista, Candisse também compartilhou suas experiências pessoais, enfrentando a redução de seu nome à figura de esposa do senador Rogério Carvalho. Ela classificou sua movimentação atual como uma tentativa de se mostrar como agente política independente.
“Eu acho que é esse é o momento em que a gente se sente confortável, porque eu vou ser ouvida e vou mostrar para as pessoas que eu não sou eu não estou aqui nessa condição só porque eu sou a mulher de Rogério Carvalho. É porque eu sou Candisse Matos, à época, e porque eu casei, porque eu tenho orgulho da trajetória de Rogério eu assumi o sobrenome dele, então, tô pronta, na verdade, eu estou pronta, preparada e querendo”, completou.
Sobre especulações de que sua possível candidatura seria uma resposta da ala petista de Rogério à aproximação de Márcio Macêdo ao Governo do Estado, Candisse afirmou: “Não tem ‘toma lá, dá cá’, não tem. Eu acho que essa essa situação de resposta, vingança, é isso, de ‘toma lá, dá cá’, não cabe no momento em que, por exemplo, o campo progressista precisa estar unido.”
A jornalista concluiu a entrevista enfatizando a vontade latente da militância petista em ter uma candidatura própria em 2024, destacando a importância de respeitar a decisão da base do partido. O cenário político em Aracaju promete ser impactado por essas discussões e pela possível entrada de Candisse Carvalho na corrida eleitoral.