Durante a sessão da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, o deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE) reagiu de forma contundente à declaração do Ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, que classificou o pedido de impeachment feito por deputados oposicionistas como “constrangedor” e “uma peça jurídica de 5ª categoria”.

Rodrigo Valadares, autor do requerimento de impeachment, justificou seu posicionamento após a revelação de que o ministério custeou a viagem à Brasília de Luciane Barbosa Farias, esposa de um membro do Comando Vermelho, facção criminosa. Em resposta às críticas do Ministro Almeida, o deputado afirmou: “Assisti com espanto o destempero do Ministro. Constrangedor é pagar passagem, hospedagem e diária para uma integrante de facção criminosa. Vergonhoso é assistir o imputado não se defender das acusações, mas sim do boletim de ocorrência”.

Valadares criticou ainda a falta de conhecimento jurídico do ministro sobre as normas que regem o impeachment. “De quinta categoria é saber que o ministro não conhece o Inciso 7 do Artigo 9 e o Artigo 13 da Lei do Impeachment, além do Artigo 218 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que tratam sobre o crime de responsabilidade”, acrescentou o deputado.

A polêmica teve início quando Rodrigo Valadares protocolizou o pedido de impeachment após a divulgação dos detalhes da viagem custeada pelo ministério. O deputado defendeu que o uso de recursos públicos para beneficiar a esposa de um membro de facção criminosa configura um ato inaceitável e justifica a abertura do processo de impeachment contra o Ministro Silvio Almeida.

A audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle se tornou palco de troca de acusações entre o deputado e o ministro, evidenciando a tensão política em torno do caso. O desfecho do pedido de impeachment dependerá agora da análise da comissão e, posteriormente, do plenário da Câmara dos Deputados.

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