Uma história envolvendo o Delegado André David, a Deputada Linda Brasil e o Delegado Mário Leony está se desdobrando em Sergipe, gerando debates intensos sobre política, segurança pública e direitos da comunidade trans. O ponto central desta trama é o caso de agressões ocorrido no centro de Aracaju entre um homem e três mulheres trans, que não apenas chocou pela sua violência, mas também desencadeou uma série de acontecimentos controversos.

Em uma entrevista, o Delegado André David afirmou que sua posição na 2ª Delegacia Metropolitana de Aracaju estaria ameaçada, acusando o Delegado Mário Leony de almejar seu cargo. Essa declaração adicionou uma dimensão política ao já delicado caso de agressões, levantando questões sobre a interferência política na atuação policial e a segurança da posição de David.

As ameaças direcionadas a André David começaram a surgir após críticas relacionadas à sua abordagem no caso, com acusações de transfobia. Em resposta, David ressaltou que seu papel é combater a criminalidade independentemente de quem seja o autor do crime. No entanto, suas declarações parecem ter gerado controvérsias, intensificando o clima de tensão em torno de sua atuação profissional.

Em uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, 22, o Delegado André David expressou preocupações sobre as ameaças que tem enfrentado. Ele alega que as críticas têm uma motivação política e que sua posição na 2ª Delegacia Metropolitana pode estar em risco por razões partidárias.

Desafiando seus críticos, David estabeleceu uma meta audaciosa: “Se eu não reduzir em 50% casos de feminicídio e violência contra mulheres trans em um ano, eu entrego minha pistola e minha carteira. Se ele conseguir reduzir os meus índices aqui na 2ª Delegacia Metropolitana, eu mudo meu nome.”

O Delegado também enfatizou a diversidade da sociedade no centro de Aracaju: “Aqui a sociedade do centro não é feita somente de mulheres trans; existe morador, comerciante, população de rua, e ele vai ter que mostrar trabalho.” Ele reiterou sua dedicação ao trabalho, afirmando não ter medo de ser processado, pois está cumprindo seu papel ao prender criminosos e garantir a segurança da sociedade.

No entanto, David apontou o dedo para um suposto complô contra ele, mencionando um “delegado que quer minha cadeira aqui e da Deputada Linda Brasil.” Esse delegado seria Mário Leony, que repudiou o que considerou uma tentativa de criminalização de corpos trans, especialmente em pleno mês da visibilidade.

Em entrevista recente, o Delegado Mário Leony negou veementemente o desejo pela vaga de André David na 2ª Delegacia, lançando luz sobre uma trama complexa e controversa que continua a impactar não apenas a carreira desses delegados, mas também a confiança da comunidade nas instituições responsáveis pela segurança pública em Sergipe. O desenrolar desses eventos promete continuar a gerar debates acalorados sobre a independência das investigações policiais e a proteção dos direitos da comunidade trans.

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Felipe Pimentel, jornalista alagoano formado pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), se destaca por sua dedicação à comunicação e sua versatilidade no campo jornalístico. Com uma paixão inabalável pelo mundo das notícias e uma busca constante pela verdade em todos os campos da sociedade.

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