A recente medida do governo de Sergipe, que isenta o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o diesel para empresas de ônibus na região metropolitana de Aracaju, levanta questionamentos sobre o possível impacto na redução da tarifa de ônibus para os cidadãos da capital sergipana.
Embora a isenção do ICMS represente uma economia significativa para as empresas de transporte, especialmente em um contexto de aumento dos preços dos combustíveis, a questão central é se essa redução de custos será suficiente para refletir em uma diminuição na tarifa paga pelos passageiros.
Atualmente, a tarifa de ônibus em Aracaju é uma das mais caras do Nordeste, chegando a R$ 4,50 por viagem. Esse valor impacta diretamente o orçamento dos cidadãos que dependem do transporte público para se locomover na cidade.
A isenção do ICMS sobre o diesel pode resultar em uma diminuição dos custos operacionais das empresas de ônibus, o que teoricamente poderia ser repassado aos usuários por meio de tarifas mais acessíveis. No entanto, outros fatores também influenciam no cálculo da tarifa, como manutenção da frota, custos com pessoal, investimentos em tecnologia e infraestrutura, entre outros.
Além disso, é importante considerar que a renovação da frota de ônibus, prevista como contrapartida das empresas de transporte pela isenção do ICMS, também demanda investimentos significativos. Esses investimentos podem impactar os custos operacionais das empresas e, consequentemente, a viabilidade de uma redução substancial na tarifa de ônibus para os passageiros.
Diante desse cenário, é fundamental que haja transparência e fiscalização por parte dos órgãos competentes para garantir que a economia gerada pela isenção do ICMS seja realmente revertida em benefício dos usuários do transporte público em Aracaju. A população aguarda com expectativa por medidas concretas que possam tornar o sistema de transporte coletivo mais acessível e eficiente na capital sergipana.