Nos últimos dias, Aracaju tem sido palco de intensas movimentações políticas em preparação para as eleições municipais de 2024. As lideranças de diferentes espectros ideológicos, especialmente da direita e esquerda, estão moldando o cenário político que se desenhará até outubro deste ano. A capital sergipana caminha rapidamente para uma polarização e nacionalização, com os protagonistas Lula (PT) e Bolsonaro (PL) medindo suas forças em um duelo que servirá como termômetro eleitoral não apenas para Aracaju, mas para todo o país.
Um dos acontecimentos marcantes foi o ato de filiação de diversas lideranças direitistas ao Partido Liberal (PL), sigla de Jair Bolsonaro, ocorrido no dia 18. Entre os filiados estão figuras como a vereadora Emília Corrêa, pré-candidata à prefeitura da capital; Clécia Carvalho, pré-candidata à prefeitura de Nossa Senhora do Socorro; e Lúcio Flávio, pré-candidato a vereador. Esse evento demonstrou uma mobilização expressiva da direita, em resposta à oficialização da pré-candidatura do PT e aos movimentos realizados pelo partido.
O Partido dos Trabalhadores (PT) oficializou sua pré-candidatura em Aracaju no dia 9, com o nome de Candisse Carvalho para a disputa na capital, que é uma das prioridades nacionais da legenda, dada a alta probabilidade de chegar ao segundo turno. Além disso, o partido já oficializou outros nomes em Sergipe, fortalecendo sua posição e buscando retomar o protagonismo na definição das políticas públicas.
Com esse cenário de nacionalização e polarização, onde Lula e Bolsonaro surgem como fortes cabos eleitorais, a disputa em Aracaju aponta para um embate no segundo turno entre Candisse e Emília. Isso sugere que os governistas podem novamente ficar fora da disputa, seguindo uma tendência similar à observada em 2022, quando Fábio Mitidieri (PSD) ficou em segundo lugar.
Nas eleições de 2022 em Aracaju, Lula demonstrou vantagem em ambas as etapas do pleito. No primeiro turno, o petista obteve 176.981 votos, enquanto Bolsonaro alcançou 124.846 votos. No segundo turno, o atual presidente angariou o apoio de 190.875 eleitores aracajuanos, em contrapartida aos 142.489 votos conquistados pelo ex-presidente. Esses números refletem a influência significativa de ambos na política local e o papel crucial que desempenham como cabos eleitorais para outros candidatos e partidos.
O cenário eleitoral em Aracaju promete ser acirrado e estratégico, com a polarização entre Lula e Bolsonaro moldando as estratégias dos demais concorrentes e definindo os rumos das eleições municipais deste ano.
