No último final de semana, dias 6 e 7, o deputado federal Rodrigo Valadares participou do CPAC Brasil, o maior evento conservador do mundo, ao lado de importantes lideranças como Jair Messias Bolsonaro, Javier Milei e Eduardo Bolsonaro. Em sua fala, Valadares, que é relator do Projeto de Lei da Anistia dos presos do dia 8 de janeiro, abordou temas fundamentais para a direita brasileira, com ênfase na questão da anistia e nos desafios enfrentados pelos conservadores no Nordeste.
Anistia e busca por justiça
Durante seu discurso, Valadares ressaltou a necessidade de corrigir as injustiças cometidas contra patriotas envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. Ele sublinhou a importância de combater um sistema que gera sentimentos de injustiça e indignação entre os brasileiros.
“Foi essencial termos aprovado várias pautas ideológicas na CCJ, mas a pauta mais crucial, pois muitas vidas estão sendo injustiçadas, é a do dia 8 de janeiro. Precisamos desfazer a injustiça cometida contra nossos irmãos patriotas. A pior dor que um ser humano pode sentir é a da injustiça, e o que o sistema está fazendo com a nação brasileira é provocar em nossos corações esse sentimento de injustiça e indignação”, declarou o parlamentar.
Valadares também destacou a necessidade de anistia para aqueles que foram presos injustamente. “Colocar uma senhora de 60, 70 anos atrás das grades por 14, 15, 16 anos, mais do que um estuprador, assassino ou traficante, só porque estava em uma manifestação? Condenar mães e pais de família a ficarem longe dos seus filhos enquanto traficantes são soltos para estarem com seus filhos pequenos, isso é justiça? Vamos precisar do apoio de cada um de vocês. A anistia foi utilizada em nosso país diversas vezes, quando o tecido social estava corrompido. Como agora está. O momento da justiça vai chegar, a mão de Deus se levantará e essa nação mudará.”
Desafios do conservadorismo no Nordeste
Valadares também discutiu os desafios enfrentados pelos conservadores no Nordeste, uma região que, apesar de possuir valores conservadores, frequentemente vota na esquerda devido à vulnerabilidade social e pobreza.
“Conversando com amigos, sabemos que o povo nordestino, em valores, é o mais conservador que existe. É contra o aborto, contra as drogas, contra a ideologia de gênero, contra bandidos e vagabundos. O Nordeste não vota na direita, não por falta de valores conservadores, que são os mesmos, mas pela vulnerabilidade social e pobreza, impostas por elites que se aproveitam da nossa miséria. Onde há miséria, há alguém se beneficiando dela”, explicou Valadares.
Ele enfatizou que a mudança deve começar pela base, nas eleições municipais. “Se não construirmos uma base sólida – com vereadores, prefeitos, lideranças conservadoras – não conseguiremos transformar o Nordeste. Tenho certeza de que essa mudança já começou. Precisamos eleger vereadores, prefeitos, deputados estaduais para que possamos ter deputados federais, senadores e, eventualmente, a presidência”, concluiu.