A recente declaração do deputado Marcelo Sobral (UB), membro da base governista na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), sobre as manifestações dos servidores públicos contra o aumento abrupto na contribuição do Ipesaúde, gerou uma grande repercussão negativa no estado. Em uma entrevista recente, o parlamentar afirmou que o Ipesaúde é facultativo e que os servidores insatisfeitos deveriam buscar planos privados como alternativa.
“O Ipes é facultativo. O servidor fica se quiser. Se estiver insatisfeito, vá para o Bradesco, Unimed, ou qualquer outro”, disse o parlamentar em entrevista recente, alegando que os usuários do Ipesaúde devem migrar para planos privados.
A declaração do deputado gerou indignação e descontentamento entre os servidores públicos, que veem o Ipesaúde como um direito adquirido e uma importante ferramenta de acesso à saúde para eles e suas famílias. Muitos argumentam que o aumento significativo na contribuição do plano tornou a situação financeiramente inviável para muitos servidores, especialmente aqueles com rendimentos mais baixos.
O Ipesaúde é o plano de saúde dos servidores públicos do estado de Sergipe e, historicamente, tem sido uma opção utilizada pela categoria devido à sua vinculação com o serviço público e suas condições mais acessíveis em comparação aos planos privados. No entanto, o recente aumento da contribuição tem levado a protestos e manifestações por parte dos servidores, que pedem uma revisão da medida.
Diante do cenário de insatisfação, a declaração de Marcelo Sobral foi recebida com forte rejeição. Muitos consideram a sugestão de migrar para planos privados como uma medida elitista e desconexa com a realidade financeira de grande parte dos servidores públicos.
Representantes sindicais e líderes de associações de servidores têm se manifestado publicamente contra a posição do deputado, argumentando que o Ipesaúde é um direito conquistado ao longo dos anos e que sua qualidade e viabilidade devem ser preservadas, em vez de empurrar os servidores para o mercado privado.
A repercussão negativa da declaração de Marcelo Sobral também atingiu o âmbito político, com parlamentares da oposição criticando a postura do deputado da base governista e solicitando uma revisão da decisão sobre o aumento da contribuição do Ipesaúde.
Diante da intensa pressão pública e das manifestações dos servidores, é esperado que o tema seja debatido de forma mais ampla na Alese, e que os legisladores reavaliem a medida em busca de uma solução que atenda às necessidades dos servidores públicos e garanta a continuidade de um serviço de saúde de qualidade para a categoria.