No Dia Nacional de Luta em Defesa do Saneamento Público, ocorrido em 15 de agosto, diversas manifestações e ações políticas ocorreram em todo o Brasil, destacando a importância do saneamento público e resistindo à sua privatização. O evento foi marcado por uma série de atividades, incluindo manifestações de rua, debates e ações políticas em Brasília.

A água é considerada um bem essencial para a vida e não deve ser tratada como mercadoria. A preocupação central é que a privatização do saneamento possa levar a uma lógica excludente, beneficiando empresários em detrimento das necessidades da população que depende de acesso à água e saneamento básico para uma vida saudável. Nesse contexto, vários grupos sindicais e trabalhadores do saneamento público se uniram em protestos e ações para defender a manutenção do saneamento como serviço público.

Em Sergipe, a manifestação organizada pelo SINDISAN na porta da Deso (Companhia de Saneamento de Sergipe) contou com a participação de militantes de partidos políticos como PT e Psol, além dos deputados estaduais Georgeo Passos e Linda Brasil. Os trabalhadores da Deso participaram do protesto, que durou das 6h da manhã até às 9h.

Os líderes sindicais e políticos que participaram da manifestação enfatizaram a importância de manter o saneamento público e resistir à privatização. Eles criticaram a tentativa de culpar os trabalhadores pela entrega da Deso à iniciativa privada, ressaltando que a defesa da água é a defesa da vida e deve ser uma prioridade.

Além das manifestações locais, um evento significativo ocorreu em Brasília, onde foi lançada a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Saneamento Público. Esse lançamento envolveu líderes sindicais e representantes da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), CUT e SINDISAN. Eles reiteraram sua oposição à privatização do saneamento e alertaram para os riscos associados a essa medida, não apenas no setor de saneamento, mas também em relação à saúde pública e ao emprego dos trabalhadores.

A luta contra a privatização do saneamento continuou a ganhar força em todo o país, com uma série de ações e protestos destacando a importância do saneamento público para a qualidade de vida da população. A CUT (Central Única dos Trabalhadores) também emitiu uma moção de repúdio ao governador de Sergipe e aos deputados estaduais que apoiaram a Lei 9.197/2023, que permitiu a privatização dos serviços de distribuição de água e tratamento de esgoto por 35 anos, argumentando que isso prejudicaria a população mais vulnerável do estado.

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