Um protesto organizado pelo Sindsemp/Se (Sindicato dos Servidores do Ministério Público Estadual de Sergipe), filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT Sergipe), trouxe visibilidade à luta por concurso público e valorização dos servidores do Ministério Público Estadual. O protesto ocorreu em forma de um café da manhã na entrada do MPE, na manhã desta quinta-feira, 24 de agosto.
A diretoria do Sindsemp destaca que os servidores públicos acumulam uma perda salarial de 13%, apesar de um reajuste parcial de 6%. A gestão do MPE não demonstrou interesse em negociar e alega falta de margem orçamentária para um reajuste. No entanto, chama a atenção o fato de que, em 2023, a gestão concedeu um reajuste salarial de 20% para os cargos comissionados, enquanto os promotores também receberão um reajuste de 6% nos anos de 2023, 2024 e 2025.
Durante o protesto, João Campagnaro, coordenador de Formação Sindical do Sindsemp, ressaltou que a gestão não está negociando efetivamente com os servidores e que chegou ao ponto de realizar uma enquete polêmica perguntando se os cargos em comissão eram preferíveis aos servidores efetivos. Ele criticou o reajuste de 20% para os cargos comissionados enquanto os efetivos enfrentam perdas acumuladas.
Dennis Freitas, coordenador geral do Sindsemp, destacou a importância da luta unificada dos trabalhadores em defesa do concurso público. Ele ressaltou que a falta de concursos públicos no Ministério Público reforça o desmonte do serviço público e defendeu a união de todos os servidores públicos na busca pela realização de concursos públicos em Sergipe.
Segundo Dennis Freitas, o último concurso público realizado pelo MP/SE foi há 10 anos, e a última convocação ocorreu em 2017. Desde então, houve contratação de cargos comissionados. Um projeto de lei também está tramitando na Assembleia Legislativa de Sergipe (ALESE), visando criar 36 cargos em comissão para atuar diretamente nas Promotorias do MPE/SE.