Em uma sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) realizada nesta quinta-feira, o senador Rogério Carvalho, representando o estado de Sergipe pelo Partido dos Trabalhadores (PT), conduziu um interrogatório incisivo ao General Dutra, que estava à frente do Comando Militar do Planalto (CMP) em Brasília durante a tentativa de golpe contra a democracia.

Durante o depoimento do General Dutra perante a CPMI, o senador levantou preocupações sobre a possível conivência do general com os eventos que culminaram no ato terrorista ocorrido em 08 de janeiro na capital federal. Carvalho questionou por que o acampamento de manifestantes contrários à democracia foi tolerado em frente ao CMP, uma área considerada de segurança nacional.

“Por que permitiram a concentração de pessoas em frente aos quartéis, que são áreas de segurança nacional? Por quê? Essa é a pergunta que ninguém responde. Por quê? Manifestação pacífica na frente do quartel? Não pode, porque aquilo é área de segurança, então não se justifica”, indagou Carvalho.

O senador também abordou a atuação das forças de segurança durante o período mais crítico da tentativa de golpe, destacando relatos de membros da Polícia Militar que alegaram não poder desmobilizar o acampamento devido à resistência do Exército. Ele sugeriu que alguns manifestantes que estavam no acampamento podem ter traído o Exército ao apoiarem o ato terrorista.

Rogério Carvalho levantou questões sobre a permissividade em relação ao acampamento em frente ao CMP e indagou quantos manifestantes fugiram na noite de 08 de janeiro, enfatizando que aquele local jamais deveria ter sido permitido, pois se trata de uma área de segurança nacional.

O senador encerrou suas observações ressaltando a importância das áreas de segurança nacional e o rigor com que são tratadas em situações normais. Ele afirmou: “Quartel general, batalhão, qualquer lugar oficial de segurança, não se pode nem parar o carro. Você tem que parar lá na frente para descer e se deslocar para poder entrar. Quanto mais se amotinar na frente de um quartel general contra a democracia.”

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